segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Fusão Uem/Fafipa - Artigo assinado por José Roberto Balestra

Joaquim, ao publicar opiniões APENAS DOS CONTRÁRIOS à fusão, o DIÁRIO DO NOROESTE, por seus editores, escancarou agressão aos princípios mais elementares do jornalismo ético e responsável; o de deixar de ter trazido a público AMBAS AS POSIÇÕES das opiniões sobre que assunto seja. Semelhantemente, o jornal manifestou que, como linha editorial, opta pela política de um periodismo nanico, tergiversado e desinformativo, sem nenhum interesse ou compromisso com o progresso da comunidade paranavaiense, exceto o de seu editor.

O DN mostrou a escancaras com essa reportagem que o céu aberto editorial que tem guarda cobertura tão-só aos tímidos limites das próprias paredes, ou no máximo aos ângulos dos quintais dos seus donos, em cuja área só põem pés os reciprocamente interessados e os subservientes que, à pobreza de seus próprios espíritos e ausência de talentos para a verdade, fogem da primeira nuvem cinza que vêem no céu, acorrendo ao fresco e à comodidade de tão enodoados telhados.
Depois de tantos anos acompanhando o DN, inda que de longe, ler uma reportagem tendenciosa como essa publicada pelo DN, Joaquim, tenho para mim que o jornal espezinhou inclusive a própria história que deveria primeiramente gozar do próprio respeito, para só depois reclamar recíprocas. Perdeu até esse direito agora o DN. Desceu, e muito! Apequenou-se! Insignificou-se!
De Paula, e vendo essa reportagem, lembrar que por tantas e tantas vezes eu, pessoalmente, junto de amigos, movidos por nossa juvenil curiosidade – nas madrugadas que voltávamos dos bailes e brincadeiras que tocávamos –, assistíamos ao trabalho dos poucos funcionários da incipiente oficina do jornal, ali avizinhando o areão da Rio Grande do Norte, a maioria deles sem camisa por conta do ventilador vencido pelo calorão reinante lá dentro, iluminado apenas por lâmpadas incandescentes. Recordo-me do funcionário moreno, educado, que ficava à beira duma estante cheia de longas gavetas com escaninhos, formando frases, letrinhas-por-letrinhas, que as ia tirando dos escaninhos, fundindo depois tudo em chapas de alumínio ou chumbo, e em seguida imprimindo em tão rudimentares máquinas...
E eu, na minha inocência da época, nem de longe imaginava que um dia tudo aquilo seria usado contra o progresso de minha terra natal, contra mim e outros seus filhos que viriam e vieram, o que é-me de uma grande tristeza hoje!
Todavia, não atinaram os editores dessa reportagem do DN que a mesma força que dá o choque também produz luz, clareia caminhos antes desvistos e encoraja a luta contra ânimos traiçoeiros tais; agora se sabem o endereço e o CEP d’onde mora e se ocultam os reais inimigos do progresso do ensino público superior de Paranavaí!
Os editores do DN se esqueceram de uma coisa, Joaquim, a mais trivial: a população paranavaiense, e todos os seus filhos – dentre eles, eu –, quer estejam ou não morando na cidade, se não são os gênios estratégicos que se esperam, também não são os tolos que se lhes querem os satânicos golberistas e seus asseclas fazer parecer ser aos olhos das pessoas desinformadas ou indecisas. Os tempos são outros!
Aliás, justamente por conceberem que os tempos são outros, com a imensa manifestação realmente democrática da blogosfera que ora se vê, Joaquim, é que o desespero dos proprietários do DN se fez evidente nessa reportagem. O debate acerca da fusão FAFIPA/UEM já ultrapassou os muros da cidade, e hoje ecoa pelo estado e pelo demais do país. Os comentários aqui já publicados demonstram isso.
Plantar pseudopalavras ditas pelo governador que não as disse, não só é ato de irresponsabilidade profissional do senhor editor, como também, no mínimo configura-se num ato desrespeito à Sua Excelência, o Governador, por parte de um seu nomeado... que certamente ajoelhará sobre milhos por isso! Salvo se...
Joaquim a estratégia jornalística de induzir opiniões não só é marrom, velha, sórdida, serve momentaneamente apenas ao medroso editor, mas desmerece, enodoa, para sempre – como eu disse antes – à própria história do jornal. Se eles não prezam nem isso, então se esperar atitudes nobres é o mesmo que aguardar subirem para Minas Gerais as águas do Paranazão... Por essa e por outras, Joaquim, é que seu blog é lido diariamente pela ilustre Secretária Lygia Puppato, e certamente pelas assessorias do Governador, do deputado Teruo, e do Prefeito Rogério. Estes dois últimos, e também TODOS os vereadores da cidade, estão nos devendo posicionamentos! Afinal, não pediram votos para si?
Parabéns Joaquim, Pedro Artur e demais da sua equipe pelo bom e, sobretudo, SÉRIO, trabalho jornalístico que estão empreendendo. Lutemos mais ainda agora pela saúde e transparência do debate acerca da FUSÃO FAFIPA/UEM, para que a final, vença o progresso do ensino público superior de Paranavaí, e toda a comunidade local, através dos investimentos que – como vimos em comentários aqui – já começaram a chegar tão-só por conta da presente discussão, imagina então com o efetivação da fusão!
Chega de sonolência no ensino público superior de Paranavaí!
José Roberto Balestra

18 comentários - clique aqui:

Anônimo disse...

Companheiro Balestra, vc está agindo como um verdadeiro ditador desesperado, vc não respeita as opiniões contrárias a fusão, manera Balestra, seja ético.

Anônimo disse...

O DR.BALESTRA DISSE TUDO...O QUE MUITAS VEZES EU TAMBÉM GOSTARIA DE DIZER,MAS...MORO AQUI,E MINHA POSIÇAO PODE NAO SER ENTENDIDA,E MINHAS OPINIÔES NAO SATISFAZEREM O PENSAMENTO DE MUITOS. PARABÉNS DR.BALESTRA ADELINO FERNANDES

Anônimo disse...

Balestra estas acusações de corrupção na FAFIPA que voc~e faz nos comentários pode lhe custar caro, o Ministério Público pode lhe chamar para provar, mas como você é um advogado conhecedor das leis acredito que tem tais provas não é não.

Anônimo disse...

O Balestra vai estar cheio de processos por danos morais com processos civil e criminalmente, a bola da vez de seus ataques agora é o DIARIO DO NOROESTE, o cara chama o jornal de anti-ético, periodico nanico, desinformativo e muitas outras calúnias.

Anônimo disse...

O jornal tem todo o direito de defender uma opinião, inclusive apoiar abertamente um candidato, por exemplo. É bom que isso fique claro.
O lamentável é que esta posição não seja explicitada em um editorial (inexistente no dn, não sei por que), mas sim numa coluna e em duas reportagens focando apenas um lado da discussão sobre a incorporação da Fafipa pela UEM (acredito que este seja o termo mais adequado para o que se pretende).
Um mínimo de imparcialidade e o que se espera do dono ou do editor do jornal.
Leitor envergonhado do DN

Anônimo disse...

Afinal meu amigo Adelino,vc é contra ou a favor da fusao UEM x FAFIPA,vc também foi meu professor na Fafipa quando ela ainda funcionava nas instalaçoes do SENAC,e agora melhorou ou piorou depois daqueles tempos?

Cássio Augusto disse...

"opta pela política de um periodismo nanico, tergiversado e desinformativo, sem nenhum interesse ou compromisso com o progresso da comunidade paranavaiense, exceto o de seu editor. "

Todos que acompanham o DN sabem que esta é realmente a sua linha editorial...

Anônimo disse...

A verdadeira democracia e aceitar, ou náo, o pensamentos das partes envolvidas no processo,portanto o Balestra pode opinar,quanto ao ditador ou falta de ética,naó cabe ao Balestra! Agora formador de opiniáo ele é otimo. Parabens Balestra .

Anônimo disse...

Assino embaixo tudo que o mala do Baestra falou sobre o DN.

Jornal sem editorial é um jornal sem alma. Sem opinião.

Anônimo disse...

O Jornal defende os interesses do povo de Paranavai, fico orgulhoso de termos um jornal assim na cidade, sou totalmente contra esta balela de fusão.

Anônimo disse...

BALESTRA, vejo que ataca ferozmente, no blog do Joaquim, pessoas de bem como o Dr. Aníbal(como uma criança o chama de Hanibal e Pica-pau loiro), você como todos que defendem a fusão são pessoas raivosas e desorientadas.

Anônimo disse...

Esclarecedor o artigo da lavra do Balestra acerca da fusão e da postura do DN. São pessoas desse calibre que podem mudar o destino de Paranavaí. Conheço um punhado de gente esclarecida nessa cidade mas que infelizmente opta pela omissão inconsequente ao não se manifestar sobre questões polêmicas como a fusão. Deixar a família Bogoni manipular a opinião pública e decidir o futuro de Paranavaí e vasta região não é, definitivamente, uma boa escolha.

Parabéns, Balestra!

[ZT]

Anônimo disse...

Estou com o Zé Roberto, porque não fazer uma reportagem que mostre os contras e os prós?. Seria bem mais ético e imporcial. Vamos ver agora se terá uma reportagem somento dos munícipes que são a favor!!

Anônimo disse...

JOAQUIM o seu blog tem o total domínio sobre o assunto da Fusão, é impossível sentar diante do computador e não dar uma passadinha no blog, analisando o artigo do Dr Balestra, além de ser de alto nível, é muito interessante por colocar o dedo na ferida dos problemas que dificultam o desenvolvimento da nossa cidade e região. No meu entender o comentário serve para que todos, inclusive nós, a imprensa que tão importante que é , possamos fazer uma grande reflexão, com auto crítica, será que nós a população não deveríamos participar mais ativamente no dia, dia da nossa cidade? o que teríamos que fazer para ajudar a resolver os problemas da nossa comunidade, a imprensa, falada, escrita e televisionada, não poderíam promover um forum de debates,para contribuir com a comissão já formada para subsidiala no processo de avalização da fusão fafipa/uem .
Bem Joaquim, é coisa pra se pensar

Anônimo disse...

Concordo como o Dr Balestra classifica a linha editorial do desprezível DN, porém, vale salientar que até hoje SOMENTE OPNIÕES FAVORÁVEIS A FUSÃO foram publicadas no mesmo. Nesse ponto, o DN foi justo, pois deu abertura ha um lado que não havia sido dada.

Anônimo disse...

Edmilson Botequio
Alta Floresta - MT

A Democracia nos custou muito caro. Foram duas décadas de obscurantismo e imposição de pensamento único no Brasil. A construção democrática ainda é insipiente, é todo um processo coletivo e educativo.As sequelas da ditadura ainda persistem e se mostram quando quem detem qualquer forma de poder tenta impor uma idéia ou interesse, desrespeitando o contraditório, o diferente, o outro, se arrogando dono da razão e da verdade absoluta. O artigo do Balestra sobre o Diário do Noroeste deve ser lido e entendido tanto no foco específico do tema polêmico FAFIPA/UEM, quanto no foco geral do papel e da responsabilidade da imprensa na sociedade moderna, democrática, pluralista e desenvolvida que todos queremos. Em países mais evoluidos politicamente, a imprensa manifesta publicamente de que lado está e que interesses representa. Isso é conduta democrática, ética e respeitosa aos leitores, que sabem claramente de quem emana as informações que lê. No Brasil, quase toda a mídia se transmuda de democrática e imparcial, obrigando o leitor, ouvinte ou telespectador a decifrar nas entrelinhas os objetivos, interesses, verdades e mentiras de uma reportagem, informação ou noticia que recebe. Da mesma forma que o Balestra, também eu passei muitas madrugadas na oficina do DN lá na Rio Grande do Norte, quando saiamos da faculdade com o amigo Téia e tantos outros e ficávamos ali esperando a montagem e impressão do DN, para em seguida ser montado e impresso nosso jornalzinho do DATA/DCE o "AROEIRA", jornalzinho fundado em 1967, por acadêmicos da FAFIPA e que nós reeditamos por muitos anos a partir de 1983, quando fui presidente do DATA. Admiro o Balestra, pela sua lucidez, conhecimento, erudição e cultura, sem mesmo conhecê-lo pessoalmente e comungo da mesma indignação dele e dos leitores do DN ao verem na edição de domingo uma página inteira mostrando apenas um lado, apenas uma opinião sobre um assunto de interesse público e de tamanha relevância para toda a sociedade. Mais do que uma grave afronta aos princípios jornalísticos, tal fato deveria amedrontar a todos os que defendem sinceramente uma sociedade plural, democrática e evoluida. CONFESSO A TODOS que me sentiria muito mal, pela minha formação e princípios, se eu figurasse numa página inteira de opiniões em favor da fusão FAFIPA/UEM, sem que fosse ouvido o outro lado. Erros e equívocos acontecem e podem ser corrigidos. Acredito que esse episódio não deve macular a reputação do DN, mas deve servir de alerta aos seus editores e leitores, para o aperfeiçoamento desse importante veículo de comunicação pública, para que os importantes temas venham a público de forma mais precisa, completa, respeitando a todos os leitores e cidadãos, para que todos se sintam refletidos nas páginas do jornal. Valorizo a importância do DN como um importante instrumento propulsor de idéias e projetos para o bem de nossa gente de Paranavaí e Região. Portanto, sua missão vai além de informar e noticiar. Faço votos para que erros ou equívocos como esse, sejam eliminados, em nome do bom jornalismo, do ideal democrático e do desenvolvimento político e cultural dos cidadãos que nele buscam mais do que simplesmente notícias.

Anônimo disse...

Devido à sua relevância, este comentário acima, de autoria do advogado Edmilson Botequio, um paranavaiense que hoje mora na cidade de Alta Floresta (MT), também está publicado na página principal de nosso blog.

Anônimo disse...

Não me lembro do vigilante da liberdade de expressão,o senhor advogado ou bacharel em direito Balestra, já que não deve ter doutorado e assim o tal Dr. não condiz com a realidade, ter criticado com tanta voracidade o jornal quando o Zé do Sapato apareceu dizendo que era a favor da fusão. Liberdade, neste caso, significa ouvir os dois lados. Além de ironizar um professor da Fafipa por não concordar com suas idéias. É a ditadura acabou faz tempo.

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Quem sou eu

Paranavaí, Paraná, Brazil
Radialista, apresentador do Jornal do Meio-Dia, na Caiuá FM e Cultura AM (Paranavaí-PR-Brasil) de segunda a sexta, das 12.00h. às 13.00h. E-mail : joaquimpintoster@gmail.com





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