Fusão Fafipa/Uem

Um leitor d0 blog nos enviou um artigo a respeito da fusão Uem/Fafipa, que vem sendo debatida em nossa comunidade.

Ele é contra a fusão.

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Pantomima Paranavaiense: FAFIPA fusão com a UEM

A discussão sobre a Faculdade de Educação Ciências e Letras de Paranavaí (FAFIPA), se tornar universidade sempre vem a tona no Município com a participação de vários seguimentos, porém sempre estamos protegidos por uma força chamada empreendedorismo cívico que cria uma espécie de anti- vírus ao fracasso do futuro.

A retomada da discussão de tornar a FAFIPA uma extensão da Universidade Estadual de Maringá (UEM), idéia que está sendo bastante divulgada e debatida, deve ter vários pontos dialetizados. Quando pensamos no desenvolvimento de Paranavaí supomos alicerçar a posição estratégica realmente transformando-a em cidade pólo da região Noroeste, e com isto compreendendo que ao mesmo tempo o desenvolvimento de nosso município cria uma contraposição natural a Maringá.

Na entrevista de Olavo de Carvalho concedida a Karla Correia do Jornal do Brasil ele explica que “O poeta austríaco Hugo von Hofmannsthal dizia que nada está no ambiente político de um país que não esteja primeiro em sua literatura. Porque é do imaginário formado que você tira as idéias. Agora, você estupidificou a cultura superior e, em conseqüência, a política. Veja a que se dedica o governo brasileiro hoje: a destruir o país e a cuidar de futilidades. Ele quer doar um pedaço do território, doou um pedaço da Petrobras para a Bolívia, quer doar um pedaço de Itaipu para o Paraguai. Deixa aí duas ou três cidades à mercê do PCC, que é o mesmo que as Farc. Está entregando tudo. E ao mesmo tempo está preocupado com a perseguição aos gays. Que perseguição, meu Deus do céu?

Parece que novamente queremos entregar alguma coisa, desta vez é a FAFIPA a Maringá, todo sujeito que se deixa moldar à idéia de seu inimigo (metaforicamente), já está derrotado. É a vitória perfeita, Lênin já dizia que a vitória perfeita era obtida sem lutar, o adversário se entrega. Como desenvolver Paranavaí colocando uma instância Pública de formação dos pensadores na mão de outra cidade e universidade que está a todo custo tentando se fortalecer.

Uma tática muito inteligente criada pelo Antonio Gramsci, o pensador italiano, consiste em dominar primeiro todo o universo da cultura, das idéias, da educação, antes de conquistar o poder, esta desgraça social não é o cerne da nossa preocupação, porque não estamos discutindo a nível ideológico, mas concreto, certo? Errado, isto é subliminar!

As perguntas que sempre entram em evidência: Porquê os Professores não abraçam isto com todas as forças? Seria porquê uma fusão FAFIPA UEM remanejaria todos os professores com maior graduação e responsabilidade para Maringá? Ou porquê todas as pesquisas que gerassem resultados significativos para o avanço econômico, social e cultural seria implantados em Maringá? Mais ainda, como está a situação econômica da UEM? Será que acadêmicos podem participar desta discussão? Os pais sabem o papel de uma Universidade em sua cidade? Está é uma série de questionamentos que constróem uma linha de raciocínio.

Querer ter um diploma de uma Universidade é algo bastante importante (sem ser universidade o curso de pedagogia da FAFIPA em 2006 ganhou o titulo de melhor curso do Brasil), mas não quer dizer que a médio e a longo prazo isto será bom para o indivíduo. Qual é o preço que será pago? Provavelmente a eliminação na germinação de qualquer autoridade dentro do estado da nossa universidade (então a FAFIPA não é mais antiga que a UEM?), concluímos neste parágrafo que a definição não pode partir de manifestações acadêmicas, já que os mesmos tem um interesse particular.

Os pais não percebem que precisamos fortalecer a idéia de cidade universitária em Paranavaí, fortalecendo assim as instâncias já existentes, sem querer trazer para o município a universidade que seu filho estuda, o desencadeamento desta situação é a o equilíbrio da economia financeira da família, certo! mas cadê o que José Monir Nasser diz ser “o empreendedorismo cívico que catalisa interações sociais para desenvolver os indivíduos. Justamente por causa disso, ele não será confundido com aquilo que se chama empreendedor social, pessoa motivada, na melhor hipótese, pelo desejo de fazer bem ao próximo no que é mero sucedânio da caridade cristã e, na pior, pela tentação do politicamente correto. O empreendedor cívico trabalha fenômenos, o empreendedor social epifenômenos, cuja presença ou ausência não alteram os primeiros. O empreendedor cívico produz capital social, no sentido que lhe dá Robert Putnam, professor de Havard, que estudou a Itália “do meio” durante vinte anos para chegar à conclusão de que lá os governos regionais são melhores e a economia é mais próspera, porque existe mais civismo, ou mais capital social.”

As lideranças de Paranavaí poderiam se unir não para a fusão FAFIPA/UEM, mas para que a FAFIPA alcance a universalização, e assim forjar-se uma tradição dando possibilidade no futuro para que Paranavaí se desenvolva com apoio de suas entidades de ensino superior, sem ter que pedir licença para ninguém, ou isso será uma discussão teatral com mímica.

Leandro Machado

Pedagogo formado pela FAFIPA

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A T E N C Ã O ! O leitor Cássio Augusto postou um comentário nesta matéria, disponibilizando um link que tem um artigo sobre esse tema. Clique AQUI

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